Se os contornos épicos que somente uma remontada acompanhada de uma disputa de pênaltis podem proporcionar marcaram a classificação do Inter contra o River Plate, a eliminatória contra o bom time do Bolívar foi marcada pela tranquilidade.
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Foto: Sport Club Internacional. |
O Internacional foi para La Paz fazer algo que somente outros dois brasileiros haviam conseguido até hoje: vencer. Em momentos pareceu até que o Bolívar foi quem sentiu a altitude. Ganhamos. Não sofremos gol. Contra um time avassalador em casa, que não ficava sem marcar em seus domínios pela Copa desde 2011. Que tinha ganho todas como local na Libertadores em 2023.
Na volta, time e torcida jogaram juntos. Um Beira-Rio lotado por torcedores que mal conseguiam se mexer foi aliado de um time que esbanja tesão e vontade de vencer. Aos que vão, é consensual o sentimento que seguramente, independente de Olímpia ou Fluminense, quem vier, morrerá aqui. Seja ida, seja volta.
Passamos a temporada destacando o baixo rendimento de quem enxergávamos como expoentes técnicos. Hoje, a impressão que se tem, é que todos os jogadores estão nas suas melhores versões. E isso tem uma explicação, como se tem pra tudo, e é simples.
Temos um grande treinador. Sobretudo, um grande estrategista. Magistral em 3600m de altitude, letal aqui. Mas temos hoje um clube tomado por jogadores vencedores, comissão, preparadores e até gerente esportivo. E o mais importante: uma torcida com sangue nos olhos exalando a ilusão de pintar o continente de vermelho pela terceira vez.
Voltando ao início: foi tranquilo porque todos juntos fizemos com que fosse tranquilo, não porque o adversário era fraco. Porque batalhamos por isso. Porque estamos vivendo essa competição como deve ser vivida desde o começo. Porque estamos crescendo, minuto a minuto. E sim, porque, também, ninguém quer a Copa Libertadores tanto quanto o Internacional e sua gente.
E é por isso, feliz para os de bem, infelizmente para os amargos, que SEREMOS CAMPEÕES.
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