Esportivamente falando, a gestão de Alessandro Barcellos só não é pior que a de Vitório Piffero considerando apenas o SCI pós-2006. Este que vos fala, inclusive, fez campanha para o mesmo, ainda em 2020. Assumo meu erro, como sempre faço, embora acredite que fiz a escolha menos pior.
São resultados terríveis ao longo de 3 anos. Conseguimos perder estaduais para o rival que foi rebaixado, para o rival na segunda divisão e para o Caxias, em casa. Participamos 3 vezes da Copa do Brasil. Só tivemos uma passagem de fase, e diante do CSA. Acumulamos quedas para Vitória, Globo e América de Minas. Jogamos uma Sul-Americana e caímos para um time do Peru sem fazer gol em dois jogos. Em Libertadores, fomos eliminados pelo Olímpia que tomou 9 no agregado posteriormente.
A base, embora tenha estabelecido processos e adotou um sistema de longo prazo, não entregou nada em 3 anos. Indiferente do projeto que sou adepto, são 3 anos sem ter um jogador que seja para compor grupo. Isso preocupa, porque sequer conseguimos captar talentos na última fase de preparação. Os jovens vendidos e aproveitados na atual gestão são frutos da anterior.
Ao menos, uma de suas promessas, Barcellos cumpriu. Assumiu prometendo fazer mais com menos. E a verdade é que o grupo de hoje apresenta uma melhora exponencial ao que ele recebeu em janeiro de 2021. Um mês e quinze dias atrás, eu afirmava que tínhamos time pra ganhar de qualquer um. E sigo achando! Falta grupo, peças que mantenham as características, mas, temos uma ótima espinha dorsal.
O quadro social cresceu, obviamente, em função da semifinal da Libertadores. Mas como sócio, vejo que o clube hoje tem uma comunicação melhor, melhorou na gestão das redes sociais, apresentou o Mundo Colorado, uma plataforma inovadora e apresenta mais benefícios para ser sócio, até mesmo para quem mora no interior, que hoje paga menos nas mensalidades e concorre a prêmios seguidamente, por exemplo.
O Beira-Rio tornou-se mais acessível. O clube investe mais para ter seu torcedor junto. Temos preços populares em uma parcela significativa do estádio. E em todos os jogos, até mesmo, em decisões. E para um bom Colorado, nada é mais prazeroso do que ver a sua casa cheia, com pessoas de todas as camadas tendo a chance de estar lá.
Finalizando, Eduardo Coudet. Todos sabem há anos a minha admiração por esse profissional. Faço meus votos de que fique no Internacional. Sua vontade de vencer e obsessão pelo trabalho mostram que ele é a pessoa certa para tornar o Inter novamente um clube protagonista.
Roberto Melo: difícil traçar um paralelo pois jamais foi presidente. Embora tenha bons serviços prestados na base e no relacionamento social do clube, seu nome no Internacional é evidenciado pela sua participação na gestão Marcelo Medeiros.
Esportivamente falando, fomos melhores. Embora o único título seja a Recopa Gaúcha, nos 2 anos dele de Série A, fomos para a Libertadores. Tivemos uma terceira colocação voltando da segunda divisão. Fomos finalistas da Copa do Brasil. Em 2019, jogamos uma Libertadores e caímos para o campeão, peleando.
Mais jogadores jovens tiveram relevância. Podemos falar de Johnny, Praxedes, Iago e Bruno Fuchs, por exemplo, que renderam dinheiro nos cofres. Foi montada a equipe que ganhou a Copa SP em 2020. Mas o maior problema, foi nas montagens de grupo.
Decidimos uma CdB com Wellington Silva substituindo D'Alessandro. Volantes fracos, velhos e com problemas físicos foram constância, bem como, atacantes sem muita qualidade. Tivemos problemas nas laterais, bem como praticamente nenhum jogador criativo foi contratado. Os maiores acertos, talvez, são Cuesta, Patrick, Edenílson, Guerrero, Damião, Moledo... e... talvez seja isso. Não me cabe colocar os nomes que deram errado, pra não inflar o post de caracteres.
Financeiramente, a situação do clube foi agravada. Mesmo no ano de maior faturamento da história (2019) apresentamos um quadro deficitário, muito por consequência das escolhas ruins para o elenco. A situação só não foi pior em função da venda de Nico López para o México, no apagar das luzes.
Melo promete nomes do passado, como Abel Braga (MÁXIMO RESPEITO!) e D'Alessandro. Fernando Carvalho tem seu nome ventilado. Tem o bilionário Delcir Sonda ao seu lado e gosta de Juan Pablo Vojvoda.
Diz que tornará o Inter gigante novamente. Só não sabemos como, pois não existe um projeto concreto, não existem ideias sendo apresentadas. Só se sabe que vamos ganhar, vamos revelar, mas como, não se sabe, porque não se é dito.
As eleições de 2023 fizeram eu abrir mão do meu voto. Barcellos em três anos não fez merecer mais um voto de confiança e Roberto Melo é um conjunto vazio, acompanhado dum conselho de gestão preso na década de 70. O Roberto Melo de agora é o mesmo que repudiávamos 4 anos atrás.
Como os mais velhos dizem,
Que Deus proteja o Internacional.