Boa tarde amigos, como estão? Espero que todos bem e com muita saúde. É impressionante como as coisas acontecem rápido, né? Poxa, só 2 meses atrás, fomos ao terreno alugado do nosso rival para um dos jogos mais emblemáticos da nossa história e com duas mil vozes calamos mais de 50 mil. Ficamos perto de vencer. No domingo seguinte, uma grande goleada sobre o São José, mas já sem os torcedores. Na quarta, na qual teríamos na nossa maravilhosa casa uma grande partida de Copa Libertadores com um enorme público, nada ocorreu.
Esse período talvez tenha nos ensinado, e irá nos ensinar, a dar valor aos momentos mais simples, às coisas mais simples. Possivelmente estamos todos nós aqui se cuidando muito, tendo indo que trabalhar ou não. Talvez tendo que ir estudar, ou não. Evitando de ver pessoas que amamos para não arriscar. Dá muita saudade de toda rotina normal e tudo aquilo que estávamos acostumados a fazer. Várias vezes me pego pensando que isso não é real e logo vou acordar e poder ver novamente meus amigos, familiares, colegas, meu (e nosso) Colorado, claro!
Vejo que tem dividido opiniões medidas que estão sendo tomadas para a população em geral, e também para o futebol. Penso que só conseguiremos chegar perto daquilo que tornamos parte de nós mesmos todos os dias seguindo as recomendações necessárias. Cortando aquilo que não tem necessidade. Não penso que seja hora para se voltar a falar em futebol. Me parece uma falta de sensibilidade enorme presidentes de federações pressionando governadores de estado, lhes tirando um precioso tempo, para falar de algo que não é a prioridade agora. Ou é?
Os jogadores, os reservas, as comissões técnicas, os massagistas, os roupeiros, os seguranças, os médicos, os jornalistas, os envolvidos na transmissão do espetáculo, todos estes tem seus queridos familiares em casa. Tem amados em grupo de risco. Num primeiro momento, embates serão contra times do interior, que jamais terão capacidade de criar a estrutura que o INTER criou para a segurança dos atletas nesse período. Futebol é contato. Não existe sem uma quantidade abusiva dele.
E se o Aimoré, da querida São Leopoldo, do querido Sandro Luís, tiver um zagueiro contaminado? Jogaremos contra eles. Imaginem isso sendo o Inter de Eduardo Coudet que nos encantou, com uma marcação adiantada, agressiva e muitas chances criadas. Já pensaram no risco desnecessário que iriam correr os jogadores? Que embora muitas vezes não gostamos, mas também são seres humanos?
AH, ARTHUR, MAS O FUTEBOL VAI QUEBRAR. Que seja. O Inter não é santo, muito menos coitado. Não tem dinheiro? Precisava renovar com o Danilo Fernandes? Precisava gastar tanto em Guilherme Parede e Tréllez? Precisava o Galdezani, numa posição já abundante e com talentos da base? Precisava dois anos de Wellington Silva? Precisava trazer o Natanael com preço de Roberto Carlos? Precisava do contrato com altas cifras do Guto Ferreira? Precisava entregar a final da Copa em casa pro Athletico do Paraná?
Enfim, pretendo nesses próximos dias começar a assistir novamente os jogos Sul-Americana de 2008. Daquele grande time que marcou época no Colorado, numa das Copas mais difíceis que a Conmebol já proporcionou para alguém? Universidad Católica, Chivas Guadalajara, além dos clássicos greNAL, do Boca Juniors, que era o anterior dono do América, e o Estudiantes que ganharia a Libertadores no ano seguinte, com Verón, Boselli, Desábato, Gata Fernández, Enzo Pérez e cia. Não hei de ficar sem o Colorado!!!
E vocês, nobres amigos, o que estão fazendo no tempo livre para não pirar da cabeça? Cá entre nós, tenho é inveja do Dorian, que pode fazer uma bela Libertadores, uma bela Copa do Brasil e um longo Brasileirão dentro da sua aconchegante casa...
UMA ÓTIMA SEMANA PARA TODOS NÓS E VAMO INTER!!!!!!