Saudações coloradas!
Pois, chegamos ao final de 2021. Ano de futebol medíocre, praticado pelos dois maiores clubes do Rio Grande do Sul. Ano para ser esquecido pela maioria dos grandes clubes brasileiros. Da Série A e da Série B.
Recordamos que além dos fiascos protagonizados por Internacional e, principalmente, por Grêmio, foram muito mal no Campeonato Brasileiro o Santos, o São Paulo e o Athletico Paranaense. Sem contar o desempenho de Bahia e de Sport Recife, ambos ultrapassados por Atlético Goianiense, Cuiabá e Juventude, três clubes de pouca expressão na principal divisão do nosso futebol.
Olhando, ainda, para a Série B nacional, lá vemos dois campeões brasileiros e da América. Os dois com imensa dificuldade para voltar aos tempos de glórias. Fazem companhia ao Vasco da Gama e ao Cruzeiro, o Náutico e a Ponte Preta. O Guarani de Campinas, outro campeão brasileiro, sofre para voltar a disputar a Série A. São os novos tempos que nos impõe o futebol. Velhas práticas já não salvam os clubes mais experientes das derrotas.
Então, quem se salva das críticas? Atlético Mineiro, Palmeiras e Flamengo. Neste momento é o que temos como diferenciados. Talvez, o triunfo de poucos se deva exclusivamente ao fracasso de muitos.
Voltando ao futebol gaúcho e especificamente ao Internacional, tivemos uma temporada muito abaixo do esperado, com desempenhos pífios e escolhas erradas. O primeiro erro foi desmontar a comissão técnica que levou o grupo de jogadores a disputar até a última rodada o título brasileiro de 2020. Se o futebol proposto por Abel Braga não era o esperado pelo torcedor mais exigente, pelo menos devolveu ao time a capacidade de envolver a torcida e colocar o clube no caminho das vitórias. Faltou pouco!
A “gestão de ruptura" com o arcaico modelo de jogar futebol não teve sucesso. E só não esteve pior porque foi salva pelo rebaixamento gremista para a Série B. As ideias postas foram todas incansavelmente tratadas por vários dos participantes deste espaço. Tudo o que precisava ser dito, aqui foi escrito e debatido. É claro que não queremos o monopólio do acerto, porém nada passou em branco: desde a saída de Abel Braga, a chegada de Miguél Ramírez, a troca por Diego Aguirre, a permanência de jogadores contestados, as atuações desabonadoras, as “entregadas” desnecessárias, as cornetas em momentos impróprios, as comemorações pelo mau desempenho do rival, o áudio de Paulo Paixão e o momentâneo “apequenamento” do clube.
Tudo isso discutido e analisado pela “visão míope” de meros torcedores deste Blog. Certamente, se fizessem parte do grupo diretivo do Beira-Rio, os colorados do “Boteco do Cachaça Vermelha” teriam algum sucesso. Mas, somos apenas torcedores...
Finalizando, a atual gestão colorada, que viu um ano passar sem deixar saudade, tem ainda 24 meses pela frente para mudar o perfil do Internacional. O ponto mais importante para o clube é voltar a conquistar troféus, ganhar títulos, retornar aos momentos de glória.
Alessandro Barcellos, nosso presidente, precisa identificar rapidamente os equívocos deste primeiro ano de sua gestão. Se forem necessárias correções de rumo, mesmo tendo que substituir na direção quem não deu o resultado esperado, este é o momento de fazê-lo. O torcedor não dará nova chance aos mandatários do Internacional, se os erros ficarem perpetuados por mais uma temporada. 2022 já bate à nossa porta e não será ano para comemorar vaga.