quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Rescaldo.

O INTER VOLTA MUITO VIVO DA ARGENTINA.

Um primeiro tempo como tinha de ser. O Inter enfrentou o River Plate de igual para igual. Buscou neutralizar o adversário pressionando e com as linhas não tão baixas. Conseguiu atacar em momentos, criar chances e foi premiado com o gol, já no último minuto da etapa: Enner Valencia. Sem precisar subir nem nada, o equatoriano marcou de cabeça seu primeiro gol com a camisa do Colorado no melhor momento que poderia.

Tenho pra mim que não existe melhor forma de defesa do que ter a bola e jogar. Quando você busca o ataque, ter a bola, mais você afasta a bola da meta do adversário. Pois o Inter volta ao segundo tempo sofrendo uma pressão natural de um bom time que perdia em casa. Quando conseguiu frear o ânimo dos argentinos, o River empata em contra-ataque mortal: Solari. O mesmo que viria a virar o jogo.

Coudet foi mal. Tenho minhas opiniões e respeitarei as contrárias, mas estudando o River cheguei a conclusão que a melhor forma que o Inter tinha de equilibrar as coisas seria montando uma equipe forte fisicamente, sem perder intensidade, e aumentando a estatura do time. Muito disso pelos argentinos terem uma equipe baixa e de jogadores mais habilidosos do que propriamente fortes. Teria sim, começado com Bruno Henrique e Luiz Adriano. Alan Patrick foi mal pois era um jogo onde a presença dele não fazia sentido. As mexidas do treinador agravaram o cenário e chamaram o River pra cima. Tomamos o gol como era óbvio que tomaria se o fizesse.

Não fosse Sergio Rochet, o Internacional voltaria a Porto Alegre morto, com o caixão pregado e sem nenhuma chance de virar a eliminatória. Mas teve Sergio Rochet e uma pitada de sorte que não é costumeira de finais tristes.

O Inter terá outra atitude em Porto Alegre. Serão esgotados os ingressos e o River Plate irá se deparar com um clima bélico. No melhor estilo Eduardo Coudet, será pressionado intensamente desde o primeiro segundo. Não tirem a partida de ontem como conclusão. É óbvio que a postura aqui será outra e o jogo é totalmente diferente.

Há muita qualidade técnica no adversário, mas também uma defesa fraca e um time baixo. O Inter precisa, reforço, treinar muito a bola parada visando atacar os argentinos pelo alto e colocar Wanderson ou Pedro Henrique em situações de 1x1 com Enzo Díaz, lateral esquerdo que é precário defensivamente e coberto por um zagueiro lento. Forçar o erro de uma saída de bola que tem jogadores fracos.

Acreditem, vai ser mais tranquilo do que imaginam. O Inter vai virar a eliminatória em noite memorável no Estádio Beira-Rio. Se é cobrado que os jogadores não sejam perdedores, pensem, idealizem e tratem o Inter com a mesma grandeza que esse clube tem. Não sejam perdedores mesmo que por fala, como não querem que os atletas sejam.

Time e torcida, torcida e time irão superar mais essa - como sempre fazemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário