domingo, 20 de setembro de 2020

Chegou a hora

É hora de deixar (ou tentar) de lado mais uma lastimável derrota com o selo S.C. Internacional de qualidade e focar no que vem na próxima quarta-feira. Antes de tudo, explicando o selo, é aquela derrota certa, que até assistimos, esperando um milagre ou algo diferente, mas não há salvação em duelos contra Fortalezas, Goiases, e outros times irrelevantes diante do tamanho do Colorado. Nosso querido clube sempre entrará nessas partidas muito focado em estragar nossos finais de semana - ou a semana por completo.


Perdemos a liderança quando pensávamos que poderíamos disparar e barbarizar no Campeonato. O Inter amassou o competitivo Santos. Foi bravo contra um superior Atlético-MG. Superou o ajeitado Botafogo, que não merece estar onde está na tabela. Jogou uma bola redonda e por descuido, deixou escapar pontos contra o Palmeiras, mesmo estando descaracterizado e com poucos titulares. E no fim, é o enredo que já vimos várias vezes: ficaremos mais um ano no jejum, única e exclusivamente por tropeços nas nossas próprias pernas.

Eduardo Coudet é uma das poucas coisas boas que nos aconteceu em muito tempo. Temos um treinador com ganas de vencer, que odeia perder tanto quanto nós, que é capaz de produzir até com pouco um futebol que empolgue, mas sem que haja alguma limpeza no grupo com algumas aquisições consideráveis, não chegaremos a lugar nenhum.

Precisamos nos livrar de Danilo Fernandes, Marcelo Lomba, Uendel, Edenílson, etc - supostos líderes que nada lideram, que nunca nos ajudaram a chegar a lugar algum e ainda recebem babilônias de reais todos os meses. Aliás, o que dizer do nosso camisa 8? Que liderança é essa, que quando precisa, que quando estão os guris em campo, se esconde? É omisso? Que leva um drible numa final de Copa e dá as costas?

Considerava, eu, Víctor Cuesta, um grande zagueiro. Gostava de ver jogar. Mas ele, outra liderança desse plantel, veio ao microfone, depois de outra vexaminosa derrota para o rival, dizer que estamos em reconstrução e que há pouco estávamos na Série B. É só um exemplo grave do grupo acomodado que temos, que nunca ganhou nada e é provável que nada ganhe.

Vou me dar o benefício de não citar outros nomes, tais como Rodinei, Moisés, enfim, todos aqueles que todos comentamos todos os benditos dias. 

Não estou livrando o treinador de culpa, ou aliviando pra ele. Mas os problemas são mais profundos e sabemos disso. Tenho que reconhecer que posso até ter sido injusto com outros nomes que passaram aqui. 

Independente disso, e já tentando engolir seco essa derrota de ontem, temos quarta-feira um dos clássicos mais importantes da história e que não há negociação. Precisa vencer. E não me importa o tamanho do elenco, se ele é longo, curto, grosso ou fino, não me importa se teremos desfalques, não me importa quem tá com dodói na caixa de areia, tem que vencer.

São 9 clássicos sem vencer. Vamos repetir, são nove clássicos sem vencer. São 9 clássicos sem marcar um gol. São quase 5 anos aguentando um elenco vitorioso do rival cagando na nossa cabeça, humilhando dentro e fora de campo o Inter

O GFBPA está mal. Fim de ciclo. Jogadores também acomodados, velhos, alguns fracos, outros machucados. Tem uma direção que não sabe mais o que fazer para tapar suas cagadas: já foi Cavani, já foi a compra da Arena, já foi demissão de assessor de imprensa - parece que por aquelas bandas há uma bolha enorme. E não estão saindo.

Ainda assim, quando o tricolor vê o vermelho na frente, parece que encontra seu kryptonita e volta a viver seus melhores momentos. Consegue jogar, desestabiliza o Inter e ganha ao natural. Mesmo que o Colorado chegue melhor, chegue pior, o final tem sido sempre o mesmo.

Não sei o que vai ser feito para o jogo de quarta. Não sei quem vai jogar. Não sei o que esperar. Mas o Inter precisa jogar bola. Parar de tentar provar uma masculinidade fajuta arranjando brigas. Precisa trabalhar o psicológico dos jogadores que parece não existir diante de adversidades.

Chegou a hora. Precisamos vencer. Virar a chave. Virar a gangorra. Mostrar a nossa força. Deixar um candidato ao título respirando por aparelhos no grupo. Precisamos mostrar na prática que somos melhores que o rival. Precisa instalar o caos por lá. Precisamos ser INTERNACIONAL. A nossa temporada e seu futuro passa por quarta-feira.

Espero que saibam disso, e como disse nosso treinador - tratem de nos dar uma alegria.

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