segunda-feira, 6 de abril de 2020

Feliz aniversário, CASA!

Há 51 anos anos nascia, sobre as águas do Guaíba, um GIGANTE. Um gigante que desde seu primeiro tijolo, certamente levantado pela histórica Campanha do Tijolo, levou na alma o POVO. Os pobres, os burgueses, os homens, as mulheres, os brancos, os pretos, todos, simplesmente todos, que carregavam no peito o amor pelo Colorado, ajudaram na construção do Beira-Rio, numa obra de um conjunto fantástico liderada por José Pinheiro Borda, que levará eternamente o nome do estádio. Não há nada mais COLORADO que o NOSSO TEMPLO.


Teve sua primeira estaca cravada em 1959. Construtores, pedreiros e até os mais humildes que saíam do trabalho e iam direto às obras para ajudar, estavam lá. Até aquele, um certo Paulo Roberto, que se tornaria um dos maiores da nossa história, estava lá, carregando cimento, areia, tijolo, subindo e descendo com um bom e velho carrinho de mão.

  

Inaugurado em 1969, teve de cara uma vitória inesquecível contra o grande Benfica de Eusébio. Um 2x1, com tentos de Claudiomiro e Gilson Porto. Acredita-se que aproxidamente 100 mil colorados tomaram o nosso templo. Abaixo o histórico momento.


O Beira-Rio foi o marco de um time que naquele ano iria começar uma caminhada de OITO estaduais. Uma marca jamais alcançada. 6 anos depois, em 1975 o primeiro Brasileirão e a dose se repetiria em 76. Novamente inalcançado, em 1979, o Gigante sedeou o ÚNICO JAMAIS VENCIDO CAMPEÃO DO BRASIL.


Como esquecer o maior clássico da história?


Viu a sofrida final de 92, única volta relevante em uma década marcada por domínio insuportável do rival. Parou no pênalti, marcado no finalzinho do jogo e um tanto polêmico cobrado por Célio Silva. Fez a diferença como sempre fez. Um Gigante tomado pelo povo que viu a primeira e até agora única conquista da Copa do Brasil.


Em 2006, depois de anos e anos de sofrimento, o Gigante foi o nosso décimo segundo jogador quando pintamos a América de Vermelho pela primeira vez. Sempre com seus torcedores inflamados e apoiando de início a fim, superamos momentos duríssimos. Viramos ao Pumas, seguramos o Nacional, quase morremos do coração contra LDU e Libertad, sofremos feito loucos na final, mas o grito Libertador depois do apito de Horacio Elizondo, às 23h53 do dia 16/08, jamais irá igualado a nada que possamos passar.


E aquilo era só o início duma senda que parecia interminável de títulos internacionais. Mundial, Duas Recopas, Sul-Americana, mais uma Libertadores... se tornava Campeão de Tudo o Colorado das Glórias, sempre decidindo suas grandes finais na sua casa e as conquistando, com uma sintonia única. Junto com sua gente. Aliás, fica aí embaixo o maior recebimento da história. INTER 1 X 1 Estudiantes. 2008.


Foi remodelado. Um projeto único e genial, autêntico, iniciado em 2007 para ter suas obras iniciadas no final de 2010. Inúmeras pedras atrapalharam essa caminhada. Muitos diziam que o Gigante não receberia a Copa em 2014. Alguns, queriam tocar a obra com recursos próprios. Um certo Luigi nos salvou disso, o que para muitos seria a destruição do Internacional. Mas conseguimos. No fim de tudo, deu certo. E é o que é... o estádio mais lindo do mundo. Como sempre foi. Incomparável. A festa de inauguração ocorreu no dia 05/04/2014. Magnífica. Um dia depois, a vitória de 2x1 sobre o Peñarol, tal qual como foi 45 anos antes. Foi tudo perfeito. Como havia de ser...


HISTÓRICO DO GIGANTE: POR ROBERTO ALVIRUBRO.

JOGOS OFICIAIS:
 1.520 jogos: 986 vitórias do Internacional, 345 empates e 189 derrotas;
 2.871 gols marcados pelo Internacional, 1.004 gols marcados pelos adversários = 1.867 de saldo.


 JOGOS AMISTOSOS E COMPETIÇÕES AMISTOSAS:
 110 jogos: 65 vitórias do Internacional, 32 empates e 13 derrotas;
198 gols marcados pelo Internacional, 75 gols marcados pelos adversários = 123 de saldo.

E hoje esse Gigante completa 51 anos de vida. Temos um estádio com alma, você sente quando ele está tomado pela nossa gente, pulsando e vibrando. Nesses 51 anos tivemos times geniais. Tivemos times fracos, mas que jogavam como guerreiros. Tivemos times campeões quando ninguém esperava. Tivemos times que não representam nossa história gloriosa. Tivemos craques mundiais. Tivemos ídolos. Tivemos grandes nabas. Vibramos, sofremos, choramos, na alegria e na tristeza. Estivemos lá nos melhores e muito mais nos piores momentos. Do domínio do Brasil, ao da América, a um descenso tal como um coma conduzido, o Beira-Rio sempre foi o nosso melhor jogador. Por muitos, o mais temido. Um inferno para os adversários. Que venham mais 51 anos de história. Ninguém jamais terá algo como temos com o José Pinheiro Borda.


FELIZ ANIVERSÁRIO, CASA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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