sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Coudet, aprenda um pouco de nossa História!



Pra começar, vou ser nada modesto: leia aqui, Coudet, e aprenda um pouco de nossa História. Sim, me autorizo a ser arrogante com quem já na largada autoriza Rodinei e Musto.

Vamos ver os times campeões do Inter e tirar algumas lições.

1975:
Manga; Cláudio (Valdir), Figueroa, Hermínio e Vacaria; Caçapava, Falcão, Carpegiani; Valdomiro, Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli

1976:
Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho e Vacaria; Batista, Falcão e Jair; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli

1979:
Benitez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Falcão, Batista e Jair; Valdomiro (Adilson), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade

2006 (Libertadores):
Clemer, Ceará, Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Edinho, Tinga, Jorge Wagner e Alex; Sóbis e Fernandão. Menção honrosa: Iarley. Técnico: Abel Braga.


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Agora, as lições:

  1. Um grande time começa com um grande goleiro, diz a máxima futebolística: Manga (o maior de todos), Benítez (o que torcia para a bola chegar nele), Clemer (frangava quando podia, mas um monstro nos momentos decisivos).
  2. Um trio de proteção (dupla de zaga + volante) forte e técnico, que saiba jogar, roubar e, quando necessário, bater. Um chutão pro lado que tá virado pode e deve fazer parte do arsenal em momentos críticos.
  3. Laterais marcadores, mas capazes no apoio. Tirando Fabiano Eller que jogou revezando na improvisada LE com Jorge Wagner, todos eram laterais da mais fina estirpe. E, claro, dois pulmões e pernas para 180 minutos. 
  4. Meio-campo, Coudet, sempre foi o ponto alto dos Inter campeões. É onde subjugamos nossos adversários na bola, na técnica, na raça e, se preciso, na porrada. Tem que ser macho (Sorry, Dourado), mas tem que saber jogar muita bola. Tem que tratar a bola por "você", ter intimidade. E ter personalidade e caráter. Edinho era uma exceção tão gritante, que se esforçou tanto que até aprendeu a passar! O resto, ladies and gentlemen, formam um esquadrão admirados por várias gerações, uma dinastia tão nobre que é inigualável no futebol nacional.
  5. Atacante, Coudet, tem que saber fazer gol. Gol com o pé, de cabeça, de canela, na trombada… Serginho Chulapa, notório artilheiro e grosso com as duas pernas, já ensinou que "não existe gol feio, feio é não fazer o gol". O resto, como a frescura do tal atacante-caranguejo (atacante de lado), é dispensável.

Agora, Coudet, olhe para os nomes que estão lhe impingindo e pergunte: cabe nessa receita? Não? Não serve!

Ou faça como os últimos técnicos pau mandados, e saiba que em poucos meses será apenas uma pálida sombra do Coudet que chegou: será só mais um, esperando ser demitido ou contando os dias para o contrato acabar.

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Afinem suas cornetas e venham pra cima! Gosto do debate! 

Antes, porém, um adendo: as escalações variavam durante o campeonato, então fiz minhas escolhas e, claro, menções necessárias. Creio que ficou o relevante, mas podem fazer suas considerações.

E você? Acha que dá pra montar um timaço sem grandes investimentos, mas seguindo essa receita?

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Texto cometido por Marco Maringá.
Imagens: SC Internacional

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