quarta-feira, 17 de julho de 2019

INTERNACIONAL x PALMEIRAS (SP) - 17/07/2019 - Copa do Brasil - 4ª de final / Volta





A primeira vez que eu fui no Beira-Rio - reza a lenda, foi em 2003, quando o Inter empatou por 3x3 com o Juventude (e é lógico que abriu os 3 de vantagem e aí sim, permitiu o empate). Claro que eu não me lembro de como foi, mas naquele dia eu mesmo, um guri muito novo que ainda teria uma vida inteira no futebol, decidi que aquele seria o meu clube, que aquelas cores estariam grudadas no meu corpo até meu último suspiro e que aquele templo chamado Beira-Rio seria a minha casa. Na verdade, é... sei lá, aquele clube me escolheu!

Caramba... tudo o que eu passei? O roubo de 2005, a primeira decepção no futebol, seguidas do ano mais vitorioso possível, aonde pintamos o MUNDO de vermelho, e mais uns tantos anos recheados de títulos e times qualificados. E aos poucos o Colorado, meu amado, virou um alvo de intere$$e$, foi destruído desde as suas raízes por gestões píffias (leia-se pífferas) e parou no fundo do poço, afundado na lama sem conseguir ver quase um mísero raio de luz - foi duro.

Mas eu estive com esse clube! Em cada jogo, pegando temperaturas quase negativas, chuva incessante, dormi 3h no dia só pra vibrar que nem louco com aquele gol do Pottker contra o Luverdense, no apagar dos refletores, viajei pra longe; e faria tudo de novo.

Voltamos, cambaleantes sem perspectiva alguma. Surpreendemos o país, sonhamos com o caneco mas acabamos com uma honrosa vaga na Copa. Nela? Passamos bem. Semana que vem tem! Estamos numa mediana campanha no BR, que seria excelente sendo mais corajoso!

Mas... tem a Copa do Brasil.

Competição que só ganhamos em 92 superando grandes adversários, com resultados incríveis fora e uma final dramática para caralho que só o Sport Club Internacional consegue proporcionar. Foi uma única alegria numa época sombria marcada por um período sensacional do rival. E caramba, foi nosso último título nacional. Há quase 28 anos! Poderia ser menos, se não tivéssemos sido roubados algumas vezes, se não tivéssemos entregado de lambuja em outras, e claro, se não tivéssemos desprezado em outras.

Mas hoje é uma chance que temos de fazer diferente.

Essa Copa do Brasil começou tranquila: 3x1 e 0x1 contra o fraco Paysandu. Mas o sorteio nos pôs no caminho o poderoso Palmeiras.

Depois de dias eternos de descanso e angústia para nós torcedores, fomos à SP para o primeiro jogo das quartas da Copa e fizemos fiasco com uma postura patética. Mas voltamos com 1x0. Reversível? Claro!

Temos um bom time. Que se vira bem jogando em casa, que consegue as coisas mesmo que às vezes seja no rabo; mas que é indiscutivelmente empurrado por um povo que hoje fará um corredor vermelho, que chamará até a atenção da NASA lá do espaço, que faz do Beira-Rio um caldeirão e um ambiente completamente hostil para quem quer que chegue por aquelas bandas.

Hoje, não importa quem é Palmeiras, não importa o que jogamos lá - importa é que seremos 45 mil juntos por uma só causa e lutando juntos, até o último soar de apito; e amigos... quando decidimos lutar, todos juntos, ah... é FODA nos segurar.

Pela remontada, vamos com: Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Edenílson, Nonato e Andrés D'Alessandro; Nico López e Paolo Guerrero.

Escalação do Palmeiras: ... NÃO IMPORTA! Como diz o Siciliano, somos maiores que esses caras, e pouco importa com quem eles virão, temos que ir prá atropelar e amassar quem quer que seja!

Hoje vou pensar como sempre, é a incontável vez que eu vou ao Gigante, mas vou fazer como se fosse a primeira, apoiar meu Inter de início ao fim e eu acredito que junto podemos conseguir.

Vamo Inter!

Por Arthur Rufatto


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